O estado de São Paulo iniciou, sábado (01.06), o período do vazio sanitário da soja. A medida visa controlar a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, considerada uma das mais severas da cultura da soja.
Veja aqui o calendário nacional.
Durante esse período, que se estende até 31 de agosto, é proibida a presença de plantas vivas de soja nas áreas de cultivo, incluindo as chamadas plantas voluntárias ou tigueras. A eliminação dessas plantas é de responsabilidade dos produtores, sendo permitidas exceções apenas em casos específicos autorizados pela Defesa Agropecuária, como produção de sementes, pesquisas ou demonstrações técnicas.
A ação segue as diretrizes da Portaria nº 1.271/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que estabeleceu os períodos de vazio sanitário e o calendário de semeadura da soja para a safra 2025/2026 em todo o país . Em São Paulo, o estado foi dividido em três regiões com datas diferentes para o início do vazio:
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Região 1: 1º de junho a 31 de agosto
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Região 2: 12 de junho a 12 de setembro
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Região 3: 15 de junho a 15 de setembro
A ferrugem asiática pode causar perdas de produtividade de até 90% em casos epidêmicos . O vazio sanitário é uma das principais medidas fitossanitárias para reduzir o inóculo do fungo entre uma safra e outra, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
Além do cumprimento do vazio sanitário, os produtores devem realizar o cadastro das áreas produtoras de soja no sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE), no prazo máximo de 15 dias após o fim do calendário regional de plantio. O controle cadastral é uma ferramenta essencial para o acompanhamento das lavouras e o reforço das ações de fiscalização sanitária .
A colaboração dos produtores é fundamental para o sucesso dessa medida preventiva. O cumprimento do vazio sanitário contribui para a redução do uso de fungicidas, diminui o risco de desenvolvimento de resistência do fungo às moléculas químicas utilizadas no seu controle e protege a produtividade das lavouras de soja.
Fonte: Pensar Agro