Mato Grosso registrou, somente em 2024, a marca histórica de US$ 2,7 bilhões em exportações de proteína animal, consolidando-se como o maior produtor e exportador nacional do setor. A expectativa agora é de que esse número cresça ainda mais com a realização do Congresso Mundial da Carne, que será realizado pela primeira vez no Brasil, com sede em Cuiabá. O evento deverá atrair representantes de mais de 20 países e abrir novas portas especialmente para os mercados asiáticos e europeus.
Durante o lançamento oficial do congresso, na noite de terça-feira (3.6), o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, destacou que a realização do congresso coroa o trabalho de promoção da carne sustentável mato-grossense, que já inclui ações como o lançamento da marca MT Steak, produção de um reality show agropecuário e a articulação do projeto de lei do aporte Verde, iniciativa que busca dar rastreabilidade e compliance socioambiental à produção bovina.
O evento que será realizado de 27 e 30 de outubro deste ano, vai promover também a carne suína, de caprinos e ovinos e aves.
“Estamos vendo o interesse crescente de compradores, principalmente da China, e o congresso será mais uma oportunidade de mostrar que a nossa carne é sustentável, rastreável e de alta qualidade. Já confirmamos a vinda de 20 representantes chineses que conhecerão de perto nossas fazendas e frigoríficos”, afirmou Penido.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, também destacou a importância do evento por Mato Grosso ser protagonista brasileiro na produção de proteína animal e vegetal.
“O Congresso Mundial da Carne é a chance de mostrar nossa pecuária a pasto, que sequestra carbono, e de fortalecer nossa imagem no exterior. Além disso, o evento ocorrerá na semana anterior à COP 30, em Belém. Vamos apresentar um dossiê mostrando os nossos avanços em sustentabilidade, mantemos 62% do território conservado e ao mesmo tempo temos uma produção de proteína animal com baixo impacto ambiental”.
O presidente da Acrimat, Osvaldo Pereira, reforçou que o evento será uma vitrine global para destacar que no Estado “o boi é verde”, com produção de carne sustentável e com uma defesa sanitária das mais eficientes do mundo.
“Produzimos mais com menos terra, sem precisar abrir novas áreas de pastagens, com inovação no campo, respeito ao meio ambiente e bem-estar animal. Agora com o reconhecimento do status de país livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil, e especialmente Mato Grosso, está prestes a ar mercados exigentes como Japão e Coreia do Sul, vendendo por um preço menor de mercado do que nossos concorrentes, como os Estados Unidos”.
Conforme o presidente da Acrimat, enquanto a carne de Mato Grosso é vendida de 5 mil a 5,5 mil dólares a tonelada, os Estados Unidos comercializam para o Japão por 10 mil dólares a tonelada. O novo status sanitário abre a possibilidade ao mercado mundial carne de qualidade e mais barata.
Para o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel, o congresso chega em um momento estratégico de crescimento industrial, com mais plantas ligadas ao processamento de alimentos.
“Temos o maior rebanho bovino do país e uma agroindústria em expansão. O congresso vai atrair especialistas e investidores, fortalecendo a industrialização e a agregação de valor à carne produzida aqui”, afirmou.
Fonte: Governo MT – MT