E o genocida era Bolsonaro – Dengue: Lula ignora alertas e não contrata agentes de endemias

O número de profissionais está deficitário

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No último ano de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) permitiu que os municípios aumentassem o número de agentes de endemias, responsáveis pelo controle de doenças como a dengue, em 4.313 pessoas. Em 2023, no primeiro ano do governo Lula (PT) , o número de novos contratados foi de 822.

Os profissionais são contratados pelos municípios, que recebem recursos do Ministério da Saúde para bancar negociações. Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o Brasil enfrenta um déficit de agentes há anos.

Dentro da estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) são os únicos autorizados a realizar o “controle químico” do mosquito. Suas responsabilidades incluem a aplicação do larvicida granulado Temefós em locais com água parada, a realização de pulverizações manuais e do conhecido “fumacê”, que consiste na dispersão de baixas doses do agrotóxico Cielo-ULV por meio de um veículo que cria uma nuvem.

Os ACEs também são encarregados de coletar informações sobre o Aedes aegypti para subsidiar o planejamento das ações de combate ao mosquito pelo sistema de saúde. Essas informações são compiladas no Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti, conhecido como LIRAa.

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Além dos ACEs, outros profissionais do SUS, como os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), também participam do combate à dengue. No entanto, as atribuições dos ACS são mais amplas e não se concentram especificamente no combate à dengue, ao contrário dos ACEs.

De acordo com os dados mais recentes, disponíveis até março deste ano, o país conta com 297.432 agentes comunitários de saúde e 102.098 ACEs.

GOVERNO IGNOROU ALERTAS
O governo vem sendo alertado sobre a possibilidade de um aumento nos casos de dengue no Brasil desde meados do ano ado, conforme destacado por organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Ministério da Saúde, a coordenação dos ACEs está a cargo da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), atualmente liderada pela epidemiologista e professora universitária Ethel Maciel.

No entanto, segundo reportagem do Estadão, a secretária tirou férias durante todo o mês de janeiro deste ano, logo após discutir uma nota informativa que alertava para a possibilidade de uma epidemia de dengue em grandes proporções.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE EMITE NOTA
Em resposta ao déficit de agentes de endemias, o Ministério da Saúde emitiu uma nota destacando os trabalhos focados no reajuste salariais dos profissionais já contratados pelos municípios.

Segundo a pasta, os rees federais para o pagamento de salário desses profissionais foram de R$ 2,1 bilhões em 2023 e R$ 2,4 bilhões em 2024. Sobre o número de agentes de endemias disponíveis no país, a Saúde apresenta os números de 97.900 no ano de 2021, 100.957 em 2022 e 102.548 em 2023.

– Em 2023 e 2024, o país ou a contar com o maior contingente da história de Agentes Comunitários de Endemias. Nos dois anos, foram e estão sendo realizados os maiores rees para pagamento de remuneração e incentivo financeiro aos ACEs – diz nota da pasta.

PORTAL PARANATINGA – Pleno News – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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