A equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, por meio do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, localizou no final da manhã desta sexta-feira (10.05) o corpo do professor Celso Odinir Gomes, de 60 anos.
A vítima foi localizada em uma área de mata, no entorno da Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Quatro suspeitos (dois adultos e dois adolescentes) foram detidos e apreendidos em flagrante por envolvimento no crime.
Os dois adolescentes envolvidos na morte do professor Celso Odinir Gomes, de 60 anos de idade, confessaram a participação no crime em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá.
O grupo, que consiste nos dois adolescentes e mais dois adultos, sendo um deles uma mulher, foi localizado também nesta sexta.
A Perícia Técnica e Identificação Oficial (Politec) foi acionada no local para a coleta de evidência e remoção do corpo da vítima.
Desde o registro do desaparecimento do professor, no dia 03 de maio, o Núcleo de Pessoas Desaparecidos realizou diversas diligências para localizar a vítima.
Entre as diligências, foram realizadas buscas na região do bairro Jardim Imperial, onde foram encontrados documentos em nome da vítima. A equipe do NPD também recebeu informações de que dois cartões de banco do professor foram encontrados no linhão perto do Parque Cuiabá. Já o veículo da vítima foi localizado em um local ermo, próximo ao residencial Santa Terezinha, também na capital. O veículo já foi periciado pela Politec.
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (10), delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deram detalhes sobre o homicídio, onde um dos adolescentes de 17 anos confessou que matou o homem asfixiado e afirmou que recusou as investidas dele, após ter aceitado uma carona.
“Pelas informações que nós temos, houve uma situação de que um destes indivíduos, adolescente, pegou uma carona, enfim, na realidade houve um contexto que acabou resultando nas agressões por parte deste adolescente que acabou ceifando a vida da vítima, e um dos outros indivíduos que estão identificados teria contribuído com a ocultação do cadáver da vítima”, disse um dos delegados em entrevista coletiva sobre o caso.
Segundo a polícia, o adolescente de 17 anos teria se desentendido com Celso, após ter aceitado a carona, e desceu do veículo. A vítima, no entanto, foi atrás dele e pediu para voltar. O suspeito afirmou que o professor tentou “aliciar” ele, que negou e então o matou.
“Ele sustenta que teria cometido o crime sozinho, mas a existência de um ajuste dele com os outros maiores de idade estão sendo apurado. Mas também está bastante demonstrado que, pelo menos para a ocultação do cadáver, ele contou com apoio de um dos outros suspeitos, outro adolescente. Isso aí é bastante nítido”, disse o delegado.
O suspeito ainda disse que matou a vítima por asfixia e depois ateou fogo no corpo. A princípio a vítima desmaiou, mas quando recuperou a consciência foi novamente asfixiada e então morreu. Após a morte do professor, o menor de 17 anos chamou um amigo de 16, para que juntos desovassem o corpo na mata. No percurso, os adolescentes foram a um posto de combustível comprar gasolina e incendiar o corpo.
Na sequência, eles foram até um bar onde pegaram outros amigos e andaram por diversos locais da cidade. O carro foi abandonado por um jovem de 18 anos, a pedido da namorada do menor envolvido.
O adolescente de 17 anos confessou o crime e juntamente com o outro menor de 16 anos, informou à polícia onde o corpo estava, já que o local era de difícil o.
PPORTAL PARANATINGA – Fonte: Policia Civil MT – MT – Foto – Montagem Gazeta Digita
