Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT |
![]() |
Sérgio Ricardo e Guilherme Antonio Maluf em reunião com moradores da região do Coxipó nesta quarta-feira. Clique aqui para ampliar. |
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai intermediar o diálogo entre representantes da Prefeitura de Cuiabá, Governo do Estado e lideranças comunitárias para resolver o problema da falta de atendimento de urgência e emergência nos bairros da região do Coxipó. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (28) pelos conselheiros Sérgio Ricardo e Guilherme Antonio Maluf, presidente e vice-presidente do TCE-MT, em reunião com moradores da região, que é uma das mais populosas da Capital.
Durante o encontro, os moradores alegaram que o fechamento da Policlínica do Coxipó, em 2023, deixou a população de mais de cem bairros sem atendimento. “O que foi apresentado aqui, e com razão, é que a população daquela região está desassistida. O movimento comunitário trouxe essa demanda e nós estamos aqui para ouvir e ajudar a encaminhar junto aos órgãos que têm responsabilidade sobre o atendimento de Saúde na Capital”, afirmou Sérgio Ricardo.
Maluf, que preside a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, apontou que a implantação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pode ser uma solução para o problema. “Mesmo com a construção do novo Hospital Júlio Müller, não haverá porta de entrada para urgência e emergência. Precisamos pensar em uma UPA naquela região, porque salvar vidas é mais importante do que qualquer cálculo técnico ou orçamentário”, destacou o conselheiro.
De acordo com o presidente da associação do bairro Vista Alegre, Varley Rocha, o fechamento da policlínica impactou diretamente mais de 70% dos 117 bairros da região. “Era uma unidade que atendia desde o município de Barão de Melgaço até o bairro Pedra 90. Viemos pedir apoio do Tribunal para garantir que, se não for possível reabrir a policlínica, que se implante uma UPA para suprir essa demanda”, pontuou.
Já a presidente dos moradores do bairro Coxipó, Orenil de Andrade, destacou o abandono da estrutura onde funcionava a antiga policlínica e reforçou a mobilização da comunidade. “Estamos buscando resolver o anseio de toda nossa comunidade e sentimos essa necessidade de vir buscar apoio do Tribunal de Contas, por meio da Comissão de Saúde, porque percebemos que agora o Tribunal está participando ativamente desse tipo de demanda.”
Representando o bairro Parque O’Hara, Antônio Felisbino também defendeu a transformação da estrutura em uma Unidade de Pronto Atendimento. “Seria essencial para nós que essa UPA fosse construída ali naquele local. É uma área bastante ampla, com várias salas e estrutura da antiga regional, mas que hoje está abandonada. Saúde não espera. Eu, que já estou ficando bastante idoso, e muitos outros moradores também, precisamos muito desse atendimento perto de casa.
Além da perda de serviços especializados, a principal preocupação é a ausência de estrutura para casos emergenciais. Foi o que relatou o presidente do bairro Chácara dos Pinheiros, Osvaldo Brito. “Se alguém infarta, por exemplo, é preciso atravessar a cidade. Já morreu gente no caminho. Então, essa parceria com o Tribunal pode ser a chave para mudar isso. Temos aqui ex-vereadores, lideranças fortes e vamos lutar com apoio do TCE para que a nossa UPA saia do papel.”
A preocupação foi reforçada pelo presidente do bairro Coophema, Marco Galceran. “Cuiabá tem vários pontos de estrangulamento no trânsito. Imagina alguém ando mal e tendo que atravessar a cidade para ser atendido?”, disse. Galceran reforçou ainda que o envolvimento do TCE-MT fortalece a reivindicação dos moradores. “O Tribunal está criando pontes com quem tem poder de decisão. Os conselheiros conhecem a realidade e deixaram claro que a prioridade é o cidadão”, concluiu.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: [email protected]
Fonte: TCE MT – MT