A campanha Janeiro Roxo é dedicada à conscientização e combate a hanseníase, que está no cronograma de ações de conscientização do Departamento de Saúde do Tribunal de Justiça. A Lei nº 12.135/2009 instituiu no Brasil o último domingo do mês de janeiro como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase.
Uma doença antiga, mas que continua a acumular números no Brasil em comparação aos demais países do mundo. De janeiro a novembro de 2023, houve aumento de 5% de casos, segundo dados do Ministério de Saúde, e Mato Grosso é o primeiro no ranking no número de casos da doença no país. A Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou dados parciais que mostram 4.212 casos de hanseníase em 2023 um grande aumento, considerando que em 2022 foram 2.375 casos da doença registrados no Estado.

“É importante falar que a hanseníase tem um período de incubação longo. Uma vez que a pessoa contrai a doença, pode ficar de 7 a 10 anos com a enfermidade incubada sem nenhuma manifestação clínica. Então, quando a doença começa a se manifestar, geralmente ela aparece como uma mancha que pode ser branca, avermelhada, amarronzada. No mesmo local dessa mancha vai haver uma perda de sensibilidade, de calor, frio, tato”, ressalta o médico.
A hanseníase tem cura. Apesar de ser possível transmitir a doença, a partir do momento em que se inicia o tratamento, se torna inviável o contágio. Por isso é tão necessário realizar o diagnóstico o quanto antes, como salienta a enfermeira do Departamento de Saúde e responsável pela campanha Janeiro Roxo no TJ, Glenda Regina Balbinotti.

A hanseníase também é conhecida como lepra, porém, no Brasil, esse termo não é mais utilizado desde 1995 com a Lei nº 9.010. Ainda hoje, há muitas dúvidas e preconceitos em torno dessa enfermidade. E o fato de ser uma doença negligenciada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dificulta ainda mais seu combate. Não é a toa que pertence aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, cuja meta é combater epidemias transmissíveis até 2030.
São quatro classificações possíveis da doença com base no estágio de contaminação da vítima. São elas a hanseníase indeterminada (início), tuberloide, dimorfa e virchowiana (contágio avançado). Em casos graves, deixa sequelas irreversíveis. Vale destacar que caso a pessoa não tenha iniciado o tratamento, poderá transmitir a hanseníase através de gotículas de saliva, seja na fala ou na tosse.

Apesar de já ter contraído a doença, Samara está sempre atenta pois pois tem a consciência de que existe a possibilidade de contraí-la novamente, em caso de contato com a bactéria.
Atualmente, a enfermidade é tratada com o uso de um conjunto de antibióticos que é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Fique atento aos sinais e se cuide!
Fernanda Calazans (estagiária)
Coordenadoria de Comunnicação da Presidência do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT
COMENTE ABAIXO: